Saturday, March 21, 2009

Morrer por algo

Hoje presenciei duas cenas que chamaram minha atenção.
Um casal brigava no posto Texaco da Rui Barbosa(Avenida no Recife) e dois homens brigavam no posto da Rosa e Silva(Outra avenida do Recife).
No primeiro caso fiquei apreciando...
Um homem apanhando de sua companheira... Gerou momentos de felicidade(Não sei o porquê).
No outro caso dois homens brigando, aparentemente, por causa de um comentário indelicado.
O senhor espancado falou que o gordinho era corno.
Os dois eram conhecidos ou amigos... Não sei, mas gerou vários risos.
Uma pancadaria que resultou em desculpas e juras de amor à amizade.

Lembrei, claro, de situações um tanto quanto distintas.
Lembre-se... Sempre faço associações...

(Pausa)

Voltando ao assunto...
Lembram-se de Guevara, Luther King, Gandhi e tantos outros?
Também lembrei...

(Pausa para dar um mijão)

Pronto... Tentarei ser rápido no raciocínio.

Acontecimentos fizeram-me lembrar de revolucionários, embora os participantes não tenham nada a ver com revolução(...) foram interessantes.
Lembro-me dos três, consequentemente, por três motivos:
Revolução ou morte(Guevara), igualdade(King) e paz(Gandhi).

Mas, o que os três têm em comum?
Fácil... A disponibilidade de morrer por ideal.
O último nem tanto, pois paz é um tema recorrente entre os jovens imbecis... Mas, os dois primeiros por ideais interessantes.

Você já se perguntou se morreria por um ideal?
Possivelmente, sim.
Mas, não têm nem idéia do que é viver o próprio ideal.
Vocês seguem caminhos que outros traçaram.
Quem segue algo não é revolucionário.
Morrer por um ideal de outro não é revolucionário... É ser mais um idiota.
Lembrando que Manson, Chaves(z), Bin Laden e Bernal são nossos exemplos recentes de revolucionários...
Bah! Um bando de bostas.
Um cantor bissexual, um presidente ignorante, um terrorista de uma obra só e um cineasta que nunca ganhou um Oscar.

Quase ninguém, hoje em dia, morreria por motivos nobres, por acreditar na mudança.
O humano do século XXI quer ficar rico, ser bem-sucedido.
Não quer morrer por um ideal.
Só os loucos, idealistas de merda(kwa kwa) morreriam por um ideal.

((Ps: Traficantes, meninos do tráfico, assaltantes e viciados não são pessoas... Então não considero suas mortes como sendo por ideais)).

As cenas que vi hoje foram interessantes, claro, mas reveladoras( Ainda mais).

Espere...



Continue esperando...

Está vendo?
Aposto que você leu esperando um a conclusão...
Se fudeu!

Friday, March 20, 2009

Nasci morto

De fato, não nasci para este tempo presente. Talvez nem para o passado ou futuro.
Tentei de todas as formas adaptar-me, conviver, mas nunca, realmente, consegui.
Ontem, na madrugada, escutei, com precisão, uma das obras de Tchaikovsky.
A obra, intitulada "Romeo and Juliet: Overture Fantasia", fez-me pensar sobre temas que há tempos tento evitar...

Estive tentando libertar-me do paradigma do jovem certo.
A juventude, como disse no tópico abaixo, é difícil e, às vezes, incompreensível.
Não queria viver a mentira da auto-realização, mas também não queria ser só.
Estive nesta cruzeta durante meses.
Meses estes que passei muito bem, feliz.
Mas, a felicidade não é tudo... Ainda mais quando você acha que o que vive está errado, é uma mentira, um simples rabisco da realidade.

Lembro de uma poesia que escrevi tempos atrás:

"Sentia que tinha uma força que regia todos os meus atos.
Sentia-me impotente perante ela.
Sentia que tudo era uma ilusão.
Sentia que a existência era uma mera confusão.

Milhares de "bits" perdidos tentando decifrar os mistérios do meu subconsciente.
Dezenas de horas acordado, perturbado pela falta do R.E.M. inconsciente.

Dores, mentiras que a psicanálise explica.
Queria sentir a sensação de ser pulsante.
Sentir o sangue revivendo em cada grande circulação e ser alvo de palpitação inconstante.
São desejos.
Desejos que a alma não calou, gritou.

Nunca saí da minha cadeira de rodas metafórica.
Sofria da hipocondria.
Nasci como o ser da discórdia.

Quero gritar para o tal Deus ouvir, tudo o que desde o nascimento obstrui.
Dizer que quero sonhar.
Viver num universo paralelamente.
Quero cantar todas as lágrimas que chorei quando inocente.
Quero dizer que infelizmente vivo num mundo já existente.
E que as fábulas ficaram num passado que me lembrei recentemente."

Esta última parte sintetiza tudo que quero dizer por agora.