Wednesday, December 31, 2008

Escrevendo sem pensar direito...

Parece que foi ontem que eu estava angustiado, bêbado, sem ter pra onde ir.
Parece mesmo, mas faz um ano.
O interessante é que me encontro na mesma situação.
Boa parte do problema foi por minha causa.
Não cultivo minhas relações.
Pra falar a verdade, detesto conversar muito.
É cansativo, enjoa.
Prefiro conversar esporadicamente com uma pessoa.
Ter assuntos para discutr uma noite inteira.

Várias pessoas fazem promessas de fim de ano.
Admito que também já fiz.
Alguns anos atrás vi minha mãe chorando, rezando para que sua situação financeira ficasse estabilizada.
Chorei junto, porque sou muito emotivo. Quando vejo alguém a chorar eu também choro, principalmente com minha mãe.
Mas, não só fiz promessas para melhorar a vida da minha mãe, claro que não.
Já disse que pararia de fumar, que estudaria mais, que procuraria a mulher da minha vida e todas estas coisas.
Mas, esqueci de cumprir.
Todos fazemos promessas que não poderemos cumprir.
Ainda mais no nosso país... O ano começa em março, depois da ressaca do carnaval e termina na véspera do Natal.
Se você pensar bem o ano do brasileiro é pequeno em comparação com os outros.
E quando começamos o ano(Depois do carnaval) esquecemos nossas promessas e continuamos errando.

Mas, mudando de assunto...
Estou em casa, minha mãe e irmã estão dormindo e eu estou aqui sozinho na sala, vendo um drama na Tv e vivendo um drama real.
Ninguém gosta de ser sozinho... Até uma pessoa como eu.

Bem, resta-me duas opções.
Ou fico em casa bebendo e lastimando a falta de amigos que chamem pra sair ou...
Saio de casa sozinho.

Acho que vou arriscar sair de casa.
Vou pro Recife Antigo e quem sabe...
Talvez encontre uma mulher linda e disposta a jogar conversa fora com um barbudo antipático.
Com sorte eu fico bêbado e ainda volto com dinheiro.
Quem sabe eu consiga parar de fumar esta noite.
Quem sabe, quem sabe, quem sabe...

Quem sabe?
Com certeza não sou eu.
Por isto que o risco é arriscado.
Redundante?
Claro, tento gerenciar os riscos, como todo jogador de poker.
Maximizar os lucros e minimizar as perdas.

É isso aí.
Até mais!

Saturday, December 20, 2008

Escrevendo sem pensar no que escrever

Faço análises diárias tentando entender minha depressão e os seus porquês.
É estranho lembrar da minha época de infância, pois eu era feliz, mas tinha medo de contato social.
Eu nunca precisei de ninguém pra ser feliz.

O começo, talvez, possa ser explicado da seguinte forma:
Minha mãe já tinha engravidado duas vezes e ia as trompas, para não ter outro filho.
O médico disse que era muito arriscado e pediu pra esperar 2 ou 3 meses.
Ela esperou e quando voltou pra fazer a ligação o médico deu a notícia:
Você está grávida de novo.
Ela ficou irritada com ela, com o médico e com meu pai.
Sorte minha que os pudores dela não deixariam ela abortar um filho.

Cresci sendo o caçula revoltado que só fazia merda, mas que era muito carinhoso.
Na infância eu era estranho. Gostava de fazer as coisas erradas...
Matava animais das formas mais perversas possíveis, entupia poços, queimava terrenos e causava a intriga entre todos.
A única coisa boa foi que aprendi a ser um líder.
Não, não nasci sendo um líder, mas aprendi a ser um.
Henrique não obedece ordens, adota conselhos.
Consigo influenciar a maioria das pessoas.
Você mesmo que ler este texto... Talvez já tenha acreditado numa das minhas teorias infundadas, mas muito bem colocada.
Liderança não é só ter seguidores, claro, mas é um ponto fundamental. Ainda estou tentando aprimorar um lado mais simpático de ser, menos tímido.
Sim! Liderança é ser o fomentador de pensamentos.
Se não existisse Platão ou Socrates, talvez nem teria esta conversa.
Eles foram grandes líderes, mas tinham um grande defeito: Não gostavam de contato humano.

Longe de mim querer ser comparado com tais, mas com devidas proporções tento ser um destes.

Já pensou no poder que as drogas dão ao viciado?
Não, eu não me drogo.
Só queria fazer a comparação com o poder.
Todos sabem que o poder é mais viciante que drogas, poker, dinheiro ou mulheres.
Você pode ser rico, comedor de gostosas, drogado, campeão de poker, mas o poder é a maior sensação do mundo.
Talvez seja por isso que tenha tanto assassino.
Eles exercem o poder de tirar a vida de outra pessoa.
Já pensou nesta possibilidade?
Você pode decidir se uma pessoa vive ou não.
Este é o maior poder que existe.
O assassino, claro, vai se sentir como um Deus.
Criou e destruiu a própria matéria.

Eu não gosto do poder.
Quem tem poder acaba querendo mais poder e para isso ele ultrapassa qualquer empecilho, mesmo que não seja moralmente correto.
Talvez confundamos o poder com as drogas, pois os dois são viciantes e para largar é difícil pra caralho.
Eu acabei de ver o filme que narrava a vida de Ray Charles. Ele tinha tudo, menos a visão.
Isto o atormentou muito. Ele queria sentir a sensação e se drogou por vários anos.
Aí é que vem a relação do poder e das drogas...
Para largar as drogas ele teve que pesar todo o resto fora: Música, família e etc.

Depois volto

Wednesday, December 17, 2008

Interpretação do último sonho(2)

- Traidor! Traidor! Traidor! - Bradava a voz.

Acordo desnorteado pela voz por trás da porta.
Levanto-me e busco meu punhal na cabeçeira.
As batidas na porta eram fortes e constantes.
Minha mãe e minha irmã estão desesperadas, amendrontadas.

- Traidor! Abra esta porta!

Sigo, cautelosamente, a luz.
3:30h batia o relógio.

- Quem é? - Pergunto.

Sem resposta, só as batidas fortes na porta.

- Quem é?

Novamente, sem resposta.
Depois de longos minutos de aflição, vejo a sombra por debaixo marchar para o elevador.

Ligo a Tv e tento me distrair.
Estava a passar um torneio de poker.
Era a última mão de Rolando de Wolfe para a grande vitória.
Um alvoroço na rua não me deixar ver a conclusão do jogo.
Uma multidão atacava uma senhora que com uma faca matou duas garotas.
A senhora, com sua faca ensanguentada e um guarda- chuva pontiagudo atacava ferozmente.
Um dos bravos homens rende a louca, que se debate no chão.

Um sonho estranho, sem significado aparente, mas com uma lição valorosa:
Nunca deixar a porta aberta.
Não se sabe quem pode aparecer.

Monday, December 15, 2008

Interpretação do último sonho

Tentarei fazer análises diárias de meus sonhos.
Postarei por aqui.


Sonhei, noite passada, que salvava de um assalto, uma linda mulher.
Neste sonho, heróico, após a salvar a donzela em apuros(...) ela se apaixona por mim.

Claramente, este sonho é uma expressão de um temor real e da ansiedade por um relacionamento.
Deve-se notar que uma questão de surpresa(Assalto) o contexto não será o mesmo.
Digo, de um sonho e da vida real.
Possivelmente, se eu visse um assalto não reagiria, pois tenho medo de armas de fogo.
Este é um exemplo da natureza contrária, que não falta muito quando nós estamos a sonhar.