Wednesday, December 30, 2009

bah

Tenho 23 anos e ainda não me encontrei.
Não sei quem sou, não tenho planos reais para o futuro.
Fico dividido entre o certo, ao se fazer, e o errado.
O errado sempre atraiu-me.
Não falo de crimes, drogas e postura.
Falo de caminho.
Nunca quis trabalhar.
Acho que um dia de trabalho honesto pode me matar.
Talvez por isto que o poker tornou-se fundamental na minha vida.
Se, um dia, eu me profissionalizar(...) ficarei em casa jogando poker no computador ou viajando para lugares incríveis de graça.
Afinal, quem não quer uma vida desta?
Claro, quase todos querem.
Mas, a realidade é dura.
Nem tudo o que se almeja é alcançado.
Assim como no poker é na vida.

O problema de tudo é que poker não é só um jogo de baralho... Não!
Poker, acima de tudo, é um estilo de vida.
É dizer a todos: Fodam-se, fishs de merda!
Como todo estilo de vida, ele concentra todas as suas atenções.
Um viciado só fala de poker.
É o que acontece comigo.
Não consigo mais escrever...
A angústia - que sempre senti - ficará oprimida se o poker me conduzir.

Tem um fato até curioso...
Eu estava conversando com uma mulher linda, tentando conquistá-la.
Quando percebi estava explicando como calcular outs no poker.
E o pior de tudo... Eu não conseguia parar.
Moral da história?
Ela recebeu um telefonema que não tocou e disse que tinha que ir.

Thursday, December 10, 2009

Como pode? Como posso? Como aceitar? Como falar?

Como pode alguém esquecer como falar de amor?
Como pode alguém esquecer de como falar da dor?
Como pode matar o próprio pensamento antes dele existir?
Como pode viver a ausência?
Como pode viver a presença?

Como posso esquecer que amei?
Como posso esquecer que sofri?
Como posso boicotar meus planos?
Como posso viver no escuro?
Como posso viver com medo?

Como aceitar a solidão?
Como aceitar o desprezo?
Como aceitar a perda da razão?
Como aceitar viver na escuridão?
Como aceitar ter medo de si mesmo?

Hoje não falarei de amor, nem tampouco da dor infligida por este sentimento tão louco.
Hoje não falarei da vida, pois a minha existência não merece tal designação.
Hoje não farei nada diferente, aceitarei minha condição.
Hoje não encararei os medos.
Hoje não tomarei remédios.
Pois, sim, sou tão complicado como pareço, mas, sinceramente, não há solução.

Friday, October 23, 2009

Alcool, poker e depressão.

Bem, o título é sugestivo, no mínimo.
Acabei de terminar esta música.
Claro, com o efeito do alcool e depois de ganhar um dinheirinho no poker.



Acordei e me vi lá atrás.
E eu sei que já é tarde demais -
Para mudar quem sou,
para viverrr,
para estudar e crescer na vida, crescer na vida.


Estagnado, tão indiferente.
Excluído socialmentee.


Vou viver o álcool, poker e depressão.
Sem pensar nas consequencias dos meus atos,
das minhas falhas, dos meus devaneios.


Vou viver o álcool, poker e depressão.
Sem pensar, sem pensar... Em nada.
Pois a minha cova já está cavada.


Morrerei jovem, tão jovem, huhu.
Entre tragos e cigarros, você vai me encontrar.
Numa mesa de poker ou numa mesa de bar.

Morrerei jovem, tão jovem...
Morrerei jovem, tão jovem... Huhuhu

Saturday, October 10, 2009

Só escrevendo sem pensar.

Onde piso nada há de ser maior do que eu.
Nem a existência de um Deus pode mudar isto.
Onde vivo a minha alma é livre e forte.
Nem a existência do pós-morte mudará isto.

Aprendi desde menino a venerar heróis socialistas, imagens de transgressão de regras.
Heróis que saíram derrotados, mas tornaram-se novos ídolos.
Aprendi desde menino que virtudes não se encontram quando o que se busca é a perfeição.
Os valores já estavam criados antes mesmo de eu nascer.
Intrínsecos numa sociedade que nasceu, assim como eu, para dar errado.
Isso é frustrante pra caralho!

Então, por que não mudar as regras do jogo?

Uma pergunta simples, de fato. Mas, a resposta é complexa.
Eu não posso mudar e ver os outros cometendo os mesmos erros.
Não posso, simplesmente, virar um anarquista político e experimental, pois seria tirado de campo.
Desculpem as comparações com futebol, mas assisti o jogo do São Paulo, uma derrota sentida.
E quando estou puto começo a me provocar. Estranho, não?
Mas, nada tão estranho quanto fazer um monólogo só para descobrir o que realmente penso.
Nada tão estranho como não saber o que está escrevendo...
Simplesmente, escrevendo.
No final das contas eu nem vou ler o que escrevi, pois vou ter preguiça ou repulsa ao idiota que se desenvolve quando apago.

Estou virando a página...
Já nem lembro o que escrevi na página anterior.
Acho que chegou a hora de recomeçar tudo do zero.

1,2,3... Já!

Porra!
Tenho que coçar meu saco, pegar outra cerveja na geladeira, abrir o lobby do Pokerstars e voltar ao trabalho.
Tem um torneio começando.
É foda ter que trabalhar até nos sábados, domingos e feriados, mas foi o que escolhi para me sustentar, então que seja assim.

O que eu tava falando mesmo?
Ah! Lembrei...

"Na madrugada você partiu..." (Música do meu celular)

- Alô?
- E aí, vais fazer o que hoje?
- Jogar um pokerzinho e tomar umas brejas. E tu?
- Tomar uma num barzinho.
- Ah! Legal. Vou nessa.
- Falou.

Sobre o que eu tava falando mesmo?
Ah! Não importa.
O que importa mesmo é que...
O que realmente importa?
Sei lá...
Falou!

Saturday, September 05, 2009

O servidor

- Não tenha pressa, José, não tenha pressa de morrer.
Seja bravo, José, tenha fé.

Aqui e acolá a mulher de José, Maria, repreendia o marido pela falta de amor próprio.
José é servidor público, um súdito de um sistema que nasceu pra dar errado.
Como um Leão, ele foi domado, a duras penas aprendeu a obedecer, baixar a cabeça e ficar calado.
E assim foi os, até agora, 30 anos de serviço.

Aos 58 anos de idade, com quatro filhos e dois netos, José, conta os dias para sua tão sonhada aposentadoria.
Era a luz no final do túnel, tal qual mostraria um novo caminho, saindo da cegueira e ingressando na felicidade da visão.

Parabéns pra você, nesta data querida...

- Feliz aniversário, José. - Todos lhe cumprimentavam.

Quando o silêncio tornou-se notório, José chorou.
Com as mãos trêmulas lembrou-se das angústias que passou a vida inteira.
Desabrochou o sentimento de perda.
Um sentimento que grita em seu peito, urgindo para um horizonte transcendental.
José perdera o medo de morrer.
Mais do que isto, não tinha mais motivações para viver.
Passou a vida inteira se dedicando aos outros, servindo a demônios e hoje sua alma tornou-se independente.
Um hoje desconhecido, como uma imagem que deprecia a idéia de destino.
Ele possui o controle.

- Não deixarei que o stress cotidiano acabe com minha vida, não deixarei que a velhice acabe com minha vida, não deixarei que outrem acabe com minha vida.

E com estas palavras, José, pulou do décimo quinto andar no prédio onde morava com sua família.
Morreu com a certeza que dominava, ao menos, o seu tempo.

Monday, July 27, 2009

O escravo da força

"O homem, geral, cria seus valores relacionando a imagem e semelhança de um ser mitológico com conceitos temporais.
A cada ano, novos valores, novos conceitos, são extraídos de uma fonte que secou há séculos.
Este é o escravo da força.
É este que apenas assimila valores de outrem, submetendo-se a inglória escravidão.
Não importa a posição na sociedade(...) o homem que nasceu fraco, morrerá fraco.

O homem forte, aquele qual dotado de espírito livre, faz suas próprias regras".

1- Olhos abertos

Era noite quando o ressentido por excelência acordou.
Catou suas roupas jogadas de baixo da cama e levantou vagarosamente.
O relógio anunciava às 20:16h.
Pegou sua mochila e partiu.

2- "Tum, tum, tum"

No outro extremo da cidade, Alfred, deslocava-se para mais uma sexta-feira na balada.
Buscou Ysto, seu melhor amigo, e, cantando pneu, saiu às escuras.
Ligou o rádio:

" Em nome de Jesus Cristo, nosso senhor, a sua vida irá mudar".

Desligou o rádio rapidamente, enojado e frustrado.

- Cada vez mais estes evangélicos fanfarrões tomam o espaço das boas programações, tanto nas rádios como na televisão. Vão converter a pica dos mortos, félas da puta! - Disse, Ysto.

- Putz! Também acho.
Mas, bem que eu queria ser Pastor... Eles ganham um dinheiro do caralho. - Falou, Alfred.

- Tu nem acreditas em Jesus, puto safado. - Jocosamente, Ysto falou.

- Bicho, eu não nego que Jesus foi um homem nobre, dotado dos bons valores e das boas intenções, mas a Igreja transformou a crucificação em um palanque político.
O Jesus que existiu não pode ser veiculado com instituições que usam do ódio, da vingança e do medo da morte para vender suas curas milagrosas. - Revoltado, Alfred.

3- A missão do profeta do caos

Tommy, o ressentido por excelência, partiu em sua missão.
Com seis cruzes, seis facas e seis Bíblias.
Ele foi designado para levar "Cristo" aos impuros.
Desde criança, foi treinado a esquecer o senso moral.
A lei dos homens não era a lei de Deus, assim sempre disse.
Então, os sentimentos para com o próximo eram formados por este Deus e não pelas convenções sociais.


[ Saco coçando. Depois continuo]

Monday, July 20, 2009

Das lágrimas à luz branca

Sobrevivo num mundo feito para idiotas ou para os esforçados.
Eu não sou idiota, nem nunca fui.
Nunca me esforçei para nada.
Sou apenas um vagabundo que passa pela vida, não a vive.

Vivo pregando meus ideais de liberdade, mas nunca torno-me livre.
Que liberdade é esta que prende e tortura?
Que liberdade é esta que faz-me chorar todas as noites?
Meus ideais são farsas fabricadas para tornar certo o que nunca foi.
Minha vida, por conseguinte, é uma mentira.
Uma mentira que sempre gostei de ler naquilo que escrevo.

Recentemente, parei de tomar todos os medicamentos anti-depressivos que foram-me indicados.
Não serei mais uma pessoa controlada por um sistema podre.
Não irão me drogar para esquecer tudo aquilo que engasga toda vez que tento falar.
Sou depressivo, propenso ao suícidio, mas não viverei a mentira.
Quero ser livre, então viverei livre.
Livre para escolher os erros que devo cometer, livre para colocar uma bala na minha cabeça quando a vontade bater.

Livre, livre.
Quanto mais livre fico, mais a luz aproxima-se.

Monday, July 13, 2009

O nada que me consome

A luz fechou-se na presença do nada.
Os obscuros tutores do meu centro moral morreram na presença do nada.
Sobrou-me a decadente imagem de um jovem problemático.

As pernas e os braços quase não mais se movem.
Deitado, cansado de uma vida sem sentido, espero o desfecho desta passagem.
Os olhos, cada vez mais, estão inexpressivos.
Continuo a viver a doença.

Sinto o nada me consumir.
O vazio preencher outro vazio.
A esperança cair no ralo da discórdia.

As dúvidas estão se transformando em certezas.
Uma única afirmação explica toda uma vida:
A fraqueza tornou-me refém em minha própria mente.
Fraqueza esta que não está minhas convicções, mas sim na bolha que construí para isolar-me.

Há tempos que as decisões estão guardadas no armário, mas elas sairão no momento oportuno.
Decisões que tornarão minhas angústias, meus anseios, meus medos(...) em um grande quadro branco manchado de sangue.
A única coisa que espero da natureza é que ela não me mate, enquanto faltar-me coragem.

Thursday, July 09, 2009

O tolo

- Acorde, tolo.
Sinta o nascer do dia.
Sinta, principalmente, a presbiofrenia saindo de seu corpo.
A angústia, a confusão, a demência... Expulse!
Acorde, tolo.
Acorde para um novo dia.

O Deus supremo enviou-me para ser portador de suas mensagens.
O Deus supremo enviou-me para ser portador de suas lágrimas.

Acorde, tolo.
Lançar-se para diante.
Surgir espontaneamente.
Acorde, tolo.
Acorde para ver meu apogeu.

Pelo fogo, pela água, pelo vento és acusado.
Salomão está morto.
És acusado. És culpado.

O tolo se torna temerário.
Mata o pastor e depois o enterra.
Do seu sangue faz veneno.
De sua língua faz armamento.
Vocifera contra um Cristo de madeira.
E, finalmente, acorda.



(Farr Sunsa voltou)

Tuesday, June 23, 2009

What´s upppppp!!

Bem, eu acho que nunca fiz um post feliz nesta birosca, então aqui vai o primeiro.
Não estou bêbado, não comi ninguém hoje...
Muito pelo contrário...
Fiquei o dia inteiro no computador fazendo pesquisas e juntando peças de um quebra-cabeça(s).

Tou numa vibe bem diferente.
Estou acabando minha monografia e, consequentemente, meu primeiro artigo científico.
O artigo/tese chama-se:
Prevalência e incidência de Helmintos e Protozoários na população à margem do Rio Una, situado em Palmares- PE.

Bem, já acabei a introdução, o abstract(Resumo), já estou com os objetivos traçados( Geral e específico) e estou acabando a metodologia.

Por que estou tão empolgado?
É simples.
O meu trabalho vai ser muito importante. Nunca foi feito um estudo deste porte nesta cidade.
Trata-se na verdade de um programa de saúde, onde colherei 200 amostras de fezes e analisarei uma por uma, identificando, assim, as parasitoses encontradas.
É bem possível que a prevalência de positividade chegue perto dos 80%.
Como trata-se de uma região pobre (Sócio-econômico-culturalmente), vou disponibilizar os medicamentos específicos, já que a Secretaria de Saúde não disponibiliza...
Unf!
E depois de feito isto vou distribuir folhetos explicativos, para que haja uma profilaxia correta.

Caramba, eu não sabia que trabalhar era tão divertido.

Sim... Já que estou tornando este blog(Dãããããã!) um meio de comunicar-me com vocês...
Então...

Como estão vocês?
Me contem o que andam fazendo!
Eu posso ser omisso, chato, mas, milagrosamente, estou melhorando.

Sim, recado particular agora...
Isa, gostei da proposta, mas não tenho como te contactar.
Tentei entrar no teu blog, mas ao que parece ele não está no ar.
Se aparecer por aqui... Deixa um recado avisando-me como contactar-te.

Beijo a todas vocês.
Se algum homem comentar... Só tenho a dizer: "Chupa este drops!" Pois, possivelmente, não responderei.

Adios!!!!!!!!!!

Tuesday, June 09, 2009

Permita-se mutar.

Por tempo demais pertenci à ideais.
Ideais tais que fizeram-me refém da própria vontade.
Este tempo todo fiquei calado, pois minha boca não profanaria o que acredito ser certo.
Mas, meus ideais fizeram-me adoecer. Uma doença crônica...
A imposição, de minha mente, ao meu corpo de virtudes que não tenho.

Nietzsche, uma vez falou: "Moral é a solução do problema moral".
Quando pensou isto, na verdade, queria dizer:
O homem só vê honra em si próprio quando é admirado.

Nunca precisei de admiração, mas muitos nutrem tal sentimento por mim.
Na verdade, nutrem pensando em meu personagem.
Admiram o Henrique que escreve coisas duras, grosseiras, mas que mantêm uma ternura.
Não, não quero fazer alusão a frase clássica de CHE.
Só não sabia como expressar-me melhor.

Retornei ao blog para achar minha redenção.
Pois, quando escrevo, sinto-me bem.
E é com este sentimento que vim aqui.
Abrir os braços, soltar as pernas e pedir perdão.
Não direcionado para qualquer pessoa senão o próprio Henrique.
Aquele que esqueci, aquele que tentei matar.

Permita-se mutar.
Permita-se evoluir.
Permita tornar-se novo, de novo.
Que seus erros sejam acertos.

Saturday, March 21, 2009

Morrer por algo

Hoje presenciei duas cenas que chamaram minha atenção.
Um casal brigava no posto Texaco da Rui Barbosa(Avenida no Recife) e dois homens brigavam no posto da Rosa e Silva(Outra avenida do Recife).
No primeiro caso fiquei apreciando...
Um homem apanhando de sua companheira... Gerou momentos de felicidade(Não sei o porquê).
No outro caso dois homens brigando, aparentemente, por causa de um comentário indelicado.
O senhor espancado falou que o gordinho era corno.
Os dois eram conhecidos ou amigos... Não sei, mas gerou vários risos.
Uma pancadaria que resultou em desculpas e juras de amor à amizade.

Lembrei, claro, de situações um tanto quanto distintas.
Lembre-se... Sempre faço associações...

(Pausa)

Voltando ao assunto...
Lembram-se de Guevara, Luther King, Gandhi e tantos outros?
Também lembrei...

(Pausa para dar um mijão)

Pronto... Tentarei ser rápido no raciocínio.

Acontecimentos fizeram-me lembrar de revolucionários, embora os participantes não tenham nada a ver com revolução(...) foram interessantes.
Lembro-me dos três, consequentemente, por três motivos:
Revolução ou morte(Guevara), igualdade(King) e paz(Gandhi).

Mas, o que os três têm em comum?
Fácil... A disponibilidade de morrer por ideal.
O último nem tanto, pois paz é um tema recorrente entre os jovens imbecis... Mas, os dois primeiros por ideais interessantes.

Você já se perguntou se morreria por um ideal?
Possivelmente, sim.
Mas, não têm nem idéia do que é viver o próprio ideal.
Vocês seguem caminhos que outros traçaram.
Quem segue algo não é revolucionário.
Morrer por um ideal de outro não é revolucionário... É ser mais um idiota.
Lembrando que Manson, Chaves(z), Bin Laden e Bernal são nossos exemplos recentes de revolucionários...
Bah! Um bando de bostas.
Um cantor bissexual, um presidente ignorante, um terrorista de uma obra só e um cineasta que nunca ganhou um Oscar.

Quase ninguém, hoje em dia, morreria por motivos nobres, por acreditar na mudança.
O humano do século XXI quer ficar rico, ser bem-sucedido.
Não quer morrer por um ideal.
Só os loucos, idealistas de merda(kwa kwa) morreriam por um ideal.

((Ps: Traficantes, meninos do tráfico, assaltantes e viciados não são pessoas... Então não considero suas mortes como sendo por ideais)).

As cenas que vi hoje foram interessantes, claro, mas reveladoras( Ainda mais).

Espere...



Continue esperando...

Está vendo?
Aposto que você leu esperando um a conclusão...
Se fudeu!

Friday, March 20, 2009

Nasci morto

De fato, não nasci para este tempo presente. Talvez nem para o passado ou futuro.
Tentei de todas as formas adaptar-me, conviver, mas nunca, realmente, consegui.
Ontem, na madrugada, escutei, com precisão, uma das obras de Tchaikovsky.
A obra, intitulada "Romeo and Juliet: Overture Fantasia", fez-me pensar sobre temas que há tempos tento evitar...

Estive tentando libertar-me do paradigma do jovem certo.
A juventude, como disse no tópico abaixo, é difícil e, às vezes, incompreensível.
Não queria viver a mentira da auto-realização, mas também não queria ser só.
Estive nesta cruzeta durante meses.
Meses estes que passei muito bem, feliz.
Mas, a felicidade não é tudo... Ainda mais quando você acha que o que vive está errado, é uma mentira, um simples rabisco da realidade.

Lembro de uma poesia que escrevi tempos atrás:

"Sentia que tinha uma força que regia todos os meus atos.
Sentia-me impotente perante ela.
Sentia que tudo era uma ilusão.
Sentia que a existência era uma mera confusão.

Milhares de "bits" perdidos tentando decifrar os mistérios do meu subconsciente.
Dezenas de horas acordado, perturbado pela falta do R.E.M. inconsciente.

Dores, mentiras que a psicanálise explica.
Queria sentir a sensação de ser pulsante.
Sentir o sangue revivendo em cada grande circulação e ser alvo de palpitação inconstante.
São desejos.
Desejos que a alma não calou, gritou.

Nunca saí da minha cadeira de rodas metafórica.
Sofria da hipocondria.
Nasci como o ser da discórdia.

Quero gritar para o tal Deus ouvir, tudo o que desde o nascimento obstrui.
Dizer que quero sonhar.
Viver num universo paralelamente.
Quero cantar todas as lágrimas que chorei quando inocente.
Quero dizer que infelizmente vivo num mundo já existente.
E que as fábulas ficaram num passado que me lembrei recentemente."

Esta última parte sintetiza tudo que quero dizer por agora.

Wednesday, February 04, 2009

Jovens: Blá blá blá

Escuto ou leio, diariamente, um falatório de ex-jovens...
Eles falam que os jovens atuais estão sendo consumidos pela televisão, pela música que passa na televisão, pelos amigos de caráter duvidoso.
Claro, eles falam porque já foram jovens... Falam porque os pais reclamavam de quando escutavam Elvis - Rockeiro; Queen - A banda guiada por um gay; Cazuza - Um gay drogado e aidético ou até o Nirvana com seu som que pede a companhia de drogas que aceleram o metabolismo.
Os tempos são outros... A internet não é só uma fonte de pesquisa de escola.
Os jovens do orkut têm a liberdade de dizer o que quiser, sem os pais saberem.
Têm a liberdade de tirar fotos semi-nuas e bloquear o conteúdo para poucos "amigos".
E, claro, a pedofilia corre solta por lá.

Mas, o que devem entender mesmo é que o jovem é um furacão de revoluções.
Necessita da contestação dos valores para decidir quem ele vai ser.
Eu sou um exemplo desta contestação.
Com meus 14 anos já fumava e bebia sem controle...
Defecava e colocava no sistema de refrigeração das salas... Uhm! Aquele cheirinho.

Bem, voltando ao assunto.
Não se deve culpar apenas os jovens, pois, como disse, eles ainda estão moldando sua personalidade.
Os pais também são culpados... São culpados por trabalhar em excesso e chegar em casa cansado para conversar com os filhos, são culpados por deixar os filhos livres com todas as tentações que existem, são culpados, principalmente, por amar os filhos e não imporem regras.

Eu comecei a beber e fumar muito cedo.
Minha mãe não tinha como desconfiar...
Eu sempre levava um perfume para as farras.
Antes de chegar em casa tomava um banho de perfume e ia direto pro banheiro.
Meus pais tinham consciência que eu bebia muito, mas não sabiam do cigarro.
Tiraram meu dinheiro, mas não conversavam comigo.
Acho que esta conversa poderia mudar tudo.
Não só a crítica, mas uma conversa aberta.

O sexo é outra coisa que os pais deveriam conversar com seus filhos.
Com toda a informação ao alcance, com as conversas dos amigos e amigas falando de sexo, não se pode negar que o sexo, antes proibido, agora tem passe livre.
Meninos e meninas fazem sexo aos 12, nos colégios.
É preciso ter uma orientação sexual.
Lembrar aos jovens que sexo pode ser perigoso.
TUDO PODE SER PERIGOSO PARA UM JOVEM.

Então, chego ao ponto que queria chegar.
A nova geração de jovens...
Os Emos.
São uma espécie de grupo isolado, unido e com baixa instrução.
Influenciados por um novo tipo de "american way of life" libertaram-se d bom senso.
Não falo da música, de modo algum. Até acho algumas composições bem trabalhadas.
Falo que a revolução sexual dos jovens da classe alta, principalmente, veio acompanhada deste movimento musical.

Então, é preciso sacrificar uma geração ou tentar conquistá-la?

Friday, January 30, 2009

Merdas e afins

Você sabe o que é amor?
É estranho perguntar isso?
Mas, mais estranho ainda é ter que perguntar sobre algo que todos deveriam, supostamente, sentir.
Amar uma pessoa, amar um animal, amar a própria genitália.
Tanto faz, afinal... É amor.
Perguntei-me várias vezes se senti por alguém algo parecido com a definição de amor.
Talvez, não sei ao certo.
Sempre julguei-me capaz de viver sem a necessidade de ter alguém ao meu lado, mas estou down.
Cansei das xoxotas pragmáticas e vazias, dos beijos secos e amargos.
Cansei, principalmente, de chegar em casa sozinho e bêbado e não ter pra quem ligar quando tenho uma idéia genial.

Mudando de assunto...

Hoje peguei meu violão e fui pro Parque da Jaqueira.
Putz... Descobri que canto muito alto.
Estava lá todo concentrado, com os olhos fechados, quando vi uma sombra.
Era uma mulher com roupa de ginástica, bem apertadinha.
Claro, parei de tocar pra olhar aquele corpinho.
O pior de tudo é que eu já a conhecia, mas não tão gostosa, claro.
Estudamos juntos na quarta série.
Well, ela disse que estava na pista e escutou um cara gritando.
Putz! Não sabia que cantava tão alto.
Anyway, conversamos um tempo, cantei minhas músicas pra ela... Incrivelmente ou não, ela gostou.
Disse que eram ótimas as composições.
Claro, como todo egocêntrico eu fiquei rindo(EU JÁ SABIA!)
Bem, toda a história é para dizer que vou gravar as músicas em estúdio para tentar vender e ganhar uma grana com minha genialidade musical.
Tenho umas 30 músicas muito boas.
A propaganda é a alma do negócio, então vendo minha alma!


Porra, ficar sem beber, realmente, é uma merda.
Vou beber pra ver se consigo escrever algo que preste.
Putz! Não escrevo nada que preste faz um tempo do caralho.



Tuesday, January 06, 2009

Democracia é para ricos, ditadura é para...

Para começar a falar de democracia, como sempre, penso em ideais utópicos:
Liberdade, igualdade e blá blá blá.
Mas, a democracia não funciona assim, meus caros.
A verdadeira democracia é para os ricos, ou aqueles patrocinados por ricos.
Veja o exemplo de Lula e Obama.
O primeiro um aposentado com salário estimado em 900 pilas, o outro era um senador.
Nenhum dos dois tirou o osso do bolso.
Os partidos investiram neles.
No caso de Obama, os democratas com suas doações.
No caso de Lula o partido e as doações de empresas "bem-intencionadas".
O que quero falar é que o poder econômico é o fator que define quem vai ser eleito.
Isso não é democracia, caralho!
Não adianta colocar a mão no peito e dizer que vivemos num estado democrático, pois não vivemos.
Claro, seria redundante eu colocar que este é o ponto de partida para desqualificar os nossos países como estado democrático de direito, mas eu gosto da redundância.

Lembra-se do título?
Pois bem...
A ditadura é o único tipo de governo que, ironicamente, parece um estado democrático...
Espere!!! Quanto aos não-políticos.
Vejs bem, todo poder é do estado.
Você não é nada, mas os outros também não são.
Igualdade, yes!
Liberdade, no!

Ok, na ditadura não se tem liberdade, mas pensando bem(...) liberdade é uma merda.
Nos E.U.A. você tem o direito de expressar-se de qualquer forma, ainda mais quando se tem um canal de esquerda e um de direita.
Porra! Até o jornalismo é parcial.
Pense bem, na ditadura só teria um lado a defender, o do nacionalismo.
Salvem a bandeira, antes que ela seja queimada.

Eu estou falando muita merda, mas isto é a porra de uma ditadura.
Aqui não tem democracia.
Você olha e se gostar fica, se não gostar dá o fora.

Opa! Uma tirada de gênio bêbado:
Demodura: Você tem a liberdade de ficar, mas a obrigação de comentar.