Saturday, July 14, 2007

A liberdade de ser ou não ser

Ser...

Sou ou não sou?
Procuro ou acho?
Luto ou desisto?

Ser ou não ser...

Distante ou perto?
Vitória ou insucesso?
Amargura ou afeto?

Sabes,
querer é poder.
Mas, ao julgares possibildades
tens que conviver;
com a vida e a morte,
o sonho e a realidade.

Então, esqueces,
Deixas a ilusão dominar-te,
mas lembras, depois, que és um artista
que nunca fez arte.

Como epifises e diafises em conjunção,
chalaças se formam.

O inferno de Dante cai sobre os sentinelas da moral.
E a enfermidade da alma se esvai junto com as cores do profano/animal.

Ambiguidades sensoriais,
libidinosidades sacais.
Sentidos antes de padecer.

Não espere.
Não reze.
Viva a liberdade de ser ou não ser.

Pensamento

A perda da sanidade na adolescência é fruto de uma má educação comportamental na infância.
Um garoto que aspira grandes feitos, se não tratado, poderá se tornar uma ameaça pública.
Pois, a falta de realidade o tornará medíocre (para ele mesmo).
E aos medíocres cabe a falta da moral.
E sem moral?
Um homem perde a razão e se equivale a um selvagem.
“...”

Não me venham com pensamentos programados.
Faça de sua opinião uma verdade.

Analogia floral

Quando a primavera faz as flores desabrocharem e não permite que os meios de interação reserva/resistência se desenvolvam, as paredes celulares abrem um caminho. Por este passam as espículas da enfermidade mais temida por crianças adultas, a convalescença da moral.
Isso ocorre em decorrência do lançamento, pelo inconsciente, de seus venenos vermelhos.

A solução, é plausível dizer, seria a morte do pensamento floral, mas ele rege as dúvidas e as certezas, o crescimento e o amadurecimento, a razão e a emoção.
Então o que fazer quando as temerosas depressões afligem uma roseira?

Quem és tu?

Irrefletidos defensores da escrita.
Destemidos pregadores de "liberdade".

(Falsas verdades: nova ética)

Anti-dogmatismo, a explosão da raiva.
Padres ignotos padeçam sobre a cruz e a espada.

Nova constituição cefalo-braquial(Way of life) dos hereges.
Inquisição para os tolos. Eles merecem!

”-Garçom, mais um hausto.
E que seja J.Daniels, cansei desse whisky barato;
Descanse suas nádegas na cadeira ao lado,
Quero falar-te do templo aqui vicinal.
Esse antro de seres programáticos.
Infelizmente, confesso, casei-me numa dessas, iludi-me com o estatuto morganático.
- Señor, no sé hablar suya lengua.
- Pro inferno, chicano desgraçado!"

Paulatinamente o copo perde a cor.
Misturas fatais.
Últimas horas;
Dúvidas Banais.

- Oh! God.
- Não, sou Juízo final, sua centopéia revolucionária.
- Mais que droga, estou bêbado!
(Pasmo estou com tal face estraçalhada).
- Ser decrépito, formador da discórdia,
te condeno ao exílio!
- Só vou se tiver birita, mulher e TV a cabo.
- Então, aceitas teu destino? Não lutavas para deixar legado?
- Não, não. Só por mulheres e TV a cabo.
- Seja feita a vossa vontade.

Canavial de emoções, militantes do MST.
Mulheres imundas e uma TV.
Indignado, corre pro orelhão.

- Juízo final, onde estais?
"Deixe seu recado depois do bipe".
-Filho da puta, eu pedi cachaça, não um matagal;
Pedi mulheres, não mutações, seu animal.
E pra piorar, pedi TV a cabo.
Bem, forneceu-me a TV, mas colocou o cabo no meu rabo.

Um glutamato, umas aspirinas e fenilananina.
KABRUM!
O porre acabado.
Suspira, então, o cavaleiro alucinado.
De um sonho louco sobraram apenas dois problemas: Dor cervical e no esfíncter anal, um artefato.

Reflexão dos ícones / Iconoclastia

Antes de mais nada deve ser feito uma pergunta:
- O que é um ícone?
- ícone seria aquele no qual toda uma sociedade se espelha.
-Mas, assim não chocaria com o sentido de ídolo?
-Bem, a diferença é que fizemos uma incorporação desta palavra(ícone),
já que seu real significado era ligado à religião, mais especificamente de Igrejas russas, na qual o ícone era a imagem pintada da "Virgem".

Falando em imagens...


Relato de uma indignação

Indigno-me de referências a "Satã" como se fosse o pecado, a malícia.
Veja bem, "Satã" vem do latim e significa: "O oponente".
Uma imagem criada para ser usada de contrapeso.
E, é claro, mais um erro da Igreja.
Assim como estereotiparam o tridente de Zeus como um símbolo do demônio, eles fizeram com Satã.
Não tenho nenhuma afeição pelo Satanismo, até porque eles cultuam o mesmo que execro diariamente: Uma imagem.
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A iconoclastia

O iconoclasta privilegia o lado da rejeição à tradição, a tudo que está estabelecido.

Iconoclasta é aquela pessoa que ataca ícones sociais porque vê o seu reflexo inserido no que critica.

"O iconoclasta não chora, engole o choro. Não vive o luto, vive em luto.
Não aceita, se rejeita.
Não vive a plenitude da incompletude ontológica do ser humano.
Vive a mentira da auto-realização independente.
Dialeticamente, o iconoclasta revela seu compromisso com a coisa negada ao negá-la."
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Um grande exemplo de iconoclastia?

http://maddox.xmission.com/

"This page is about me and why everything I like is great. If you disagree with anything you find on this page, you are wrong."

Friday, July 13, 2007

O virgem e Chininha

Estapafúrdio sentimento que brada de um peito liso.
Entrego-me na desonra de uma relação infrutífera, conclamada pelo priapismo acometido.

Desfio suas vestes e tomo posse deste domínio.
Estouvado, pelo desejo, esqueço-me da mortalha.
Acaricio seus seios nus, igualando-me ao Eros de psique.
Todo o mal, que afligia, desaparecera.

Na face deste sonho esverdeado a pureza perdia-se na incessante sedução do amor carnal.
As aves declamavam poesias, o momento chegara.
Dúvidas migravam para outrem.

-Doce criança, conduz meus olhos, pois não vejo nada.
Peço-te uma lasca de tua pele, para lembrar de ti.
Siga, então, as aves cantoras, e estacione meus olhos quando o pôr-do-sol adentrar teu corpo.

-Não irei deixar-te, pois deste sangue que tirastes estava minha essência.
Segure minha mão, e deixe-me guiá-la.

João e Maria

Acorda, João.
O galo cantou para a tormenta iniciar-se novamente.

Repousa, sofrido.
Deita no colo de tua mulher,
e deixa ela falar sobre amor. Coloca sua mão na tua cabeça, indagando, cinicamente:
Mulher, faz-me um cafuné.

Acorda, trovador.
Maria já despertou, o galo já cantou; é hora de se despedir.

"Mulher, fostes minha por anos, mas não tenho condições de dar-te o melhor. Nossos filhos e nosso gado morreram da peste. O que nos resta? Tomai um veneno, logo após seguirei o mesmo rumo e deitarei-me ao lado teu".

Flores da liberdade(A influência do sagrado)

(...)As rosas cresceram no meio da armadura de concreto.
Fixaram-se no solo, juntaram energias e dissiparam suas ideologias.

Praguejando, aproximaram-se satânicos:
"Terracota maléfica, crescei em meio ardiloso e liberta-te da haste".

Rezando, vinham os católicos:
"Que Deus venha até ti, e traga-te ternura para seguir o caminho".

Pétalas ao chão.
O âmago, do ser livre, desprende-se na gélida noite do domingo.
As flores da liberdade são corrompidas.
Do negro cálice ao sangue,
Do laicismo ao ponto final.

O conciliábulo decide,
omita seu poder, mas siga suas regras.
Das aleivosias que irás dizer, sou imune.

Superior és a todos que transgredirem meus ditâmes,
pois, assim, serás salva da ira do irracional,
do adutor de desequilibrio,
Eis que estarás em frente ao sagrado imortal.

Passagem do tempo

Alguém designou que o ano teria 365 dias.
Alguém supôs que deveríamos nos guiar pelo Sol.
Essa não deveria ser uma festa alegre.
Deveríamos ficar enclausurados em nossas casas e avaliando o que fizemos nessa passagem de tempo, mas, ao contrário, farramos e ficamos bêbados, desejando a todos um próspero ano novo.

Hoje vou beber, vou me agarrar com a primeira que aparecer a frente e ao chegar em casa direi em voz alta:
"Eu sou um merda, não valho um vintém".
Depois de uma breve análise dos acontecimentos situarei-me e verei que resta apenas escrever entre goles e soluços.
Ao acordar estarei debruçado sobre um caderno, e nele estaria escrito:
"Aqui jaz o EU pensador até 2006".

Perdi o sentido de viver em cada ano que passei sonhando, apegando-me à incerteza,
destoando da normalidade.Agora liberto-me de meus dogmas e espero que a felicidade venha e me bata à porta

Thursday, July 12, 2007

O raptor selvático

Acenda os faróis e rume para o imaginário.
Não me encontrarás nesta dimensão.
Desfaleça-se de seus conceitos e entre vazia.
Estacione no segundo sinal de saturno e desça de seu pedestal moral.
Espere-me na escura Faresa, ladeada pela ponte Austie.
Àquele que vos pedir migalhas desfira sua arma.
O protecionismo e o altruísmo não são válidos no domínio de Guinévere.

Não deixe teu corpo sem movimento,
não permita que tua alma se cale,
pois, estarei eu, na espreita, para roubar-te a vida.