Thursday, September 23, 2010

Sem Sarcoley não há Henrique

Henry Sarcoley encontrava-se em seu habitual reduto.
Entre goles e prosas, divagava sobre a inexistência do amor.

- O que todos falam que é amor na verdade é paixão, caro amigo.
Uma reação química seguida por uma atração ou vice e versa.
O que leva uma pessoa à paixão é o mesmo que leva outra às drogas:
A adrenalina.
O amor, como tantos falam, não existe.

Ressentido como muitos, frustrado como poucos.
Sarcoley perdera a essência.
Tornara-se uma pessoa fria e cética.
Não permitindo nada mais que a verdade do seu próprio câncer:
A solidão.

- Compreendo que todos têm falhas de caráter, mas talvez não percebam.
A tendência é ignorar os próprios defeitos e enaltecer, em voz alta, suas principais qualidades. Tentando, ao menos, convencer a si mesmo que é uma pessoa melhor do que as outras.
Não usarei isso como desculpa para a fraqueza, mas prefiro demonstrar meus defeitos.
Talvez venha deste fato tudo o que sinto.
Derivando da minha inabilidade de contato, a solidão que assola e massacra ao mesmo tempo.
A verdade é que só o espírito livre conseguirá viver como a Lua, solitária e ainda reluzente.

Sarcoley e suas certezas e dúvidas ruma para casa, novamente, bêbado e só.
Esperando uma luz...

" Santa, a Cruz que leva ao Cristo.
Santa, a Cruz que à ventura guia.
Santa, a Cruz que revela a felicidade".

Tuesday, September 21, 2010

Palavras que o vento levará para ti

Passei minha vida inteira racionalizando algo tão simples, tão singelo.
Retirei toda a essência do sentimento e tentei, em vão, explicar para mim mesmo o que acontecia.
Mas, descobri que não existe fórmula perfeita, não existe explicação para tal sentimento.
Amar é algo a ser sentido e não pensado.
Pensar estraga tudo, pois o amor não é racional.

Talvez por isso tenha deixado de escrever.
Há tempos perdi a essência do sentir.
Meus passos começaram a ser, metodicamente, calculados.
E isso refletiu no que escrevia.
Foram páginas e mais páginas jogadas no lixo, pois nada parecia bom.

Há meses me sentia preso, usando muletas psicológicas.
Sentia o vazio da incompletude do ser.
Sentia a rejeição aos meus questionamentos costumeiros.
Mas, tudo se resumia a um fato: O medo de amar.

Pois, como disse... Não posso controlar este sentimento.
Ele vem e consome o corpo por inteiro, compensando o risco da quebra da razão.

Me sinto disposto a amar, mas será que você também está?
Se sim... Não se preocupe, pois, como disse Cazuza: O nosso amor a gente inventa.

Monday, August 16, 2010

Amor para a vida inteira

Este gosto amargo desdenha do meu apurado paladar.
Volte para seu cubículo e traga um Bourgogne tinto ou Bordeaux.
Contarei a história da minha vitória sobre a vida.

- Embebes-te de vinhos caros, como a lua, macilenta, envaidecendo-se na noite gélida.
Saibas tu que não moverei meus pés calejados desta cadeira.
E tampouco desejo escutar as histórias de um bêbado charlatão.

- Não vês que estás de frente de um Deus?
Perdoarei suas palavras ásperas regozijando um bom trago de vinho.
Deixas teu fanatismo nas fisgas da porta ao teu lado.
E só retornes com meu vinho.

- Montarei o cavalo branco e não mais voltarei a este recinto.
Na noite, presente, atravessarei rios e mares para fugir de tuas palavras insensatas.
Regojize-se com meu desprezo ao que tens a me falar!

- Insolente! Não ouses mover-se deste bar.
Não antes de trazer-me um bom vinho.

- Trôpego e arrogante.
Faço um última caridade.
Tomas esta bengala e vais, com tuas pernas falhas, pegar o vinho.

Galopando durante horas, Sarcoley, refugia-se no alcoice do deserto.
Agarra a primeira Chininha que passa e a leva pro quarto.
5 minutos depois, satisfeito, acende o último cigarro.
Mal sabia ele que o trôpego, Jéveux, aproximava-se velozmente.

- Neste leito, torno-me o último a apreciar o doce sabor de teus lábios.
Estes lençois, branco-gelo, inundados de sangue, serão tuas últimas vestes.
Morrer! Este é o teu destino. Morrer!

Neste momento, Jéveux Guinevere, adentra pela porta imunda.
Vê o esganiçado trovador, Sarcoley, com a boca ensanguentada.
Em sua mão esquerda um punhal de época.
Na direita o coração, ainda pulsante, daquela jovem menina.

- Se não posso ter teu respeito, Jéveux, então tiro aquilo que tu tens mais apreço.
A tua doce filha.

- Minha filha, tua mulher, está morta, Sarcoley, viste o enterro dela.
Acabas de matar uma prostitua qualquer, inocente.
Talvez uma mãe de família.
És uma pessoa doidivanas.
Não mereces meu apreço.

- Morrer! Este é teu destino, Jéveux. Morrer!

Ensanguentado, Sarcoley, saí a cavalgar.
Com os corações da chininha e do velho Jéveux em sua bolsa.

Saturday, August 07, 2010

Ok... Cap. 2

CAPITULO 2


Era uma tarde de outono. Os pássaros pareciam recitar poesias e a cada pedra que era jogada no riacho, uma nova imagem se formava, melhorando ou não a percepção da existência de um amor naquela relação.
- Clara, onde estão Dani e Rema? – Perguntou Henry.
- Estão descarregando seus filtrados glomerulares no muro da igreja.
- Filtrado o que? – Perguntou ele. – Deixa pra lá. Chame-os aqui.
- Está certo. Já volto. – Respondeu ela.

Naquela paisagem única, o pensamento de Henry soltou as amarras da consciência.
Ele era livre e exercia os direitos de o ser. Mas, a realidade o tornava preso.
Pegou um papel e uma caneta e começou a escrever:

“ Quero sonhar! Viver um universo paralelamente.
Quero cantar a todas as lágrimas que chorei quando inocente.
Quero dizer que infelizmente vivo num mundo já existente.
E que as fábulas ficaram num passado que lembrei recentemente ”

Mais uma vez a escrita tornou possível a fuga do real. E ao olhar pra esse verso, ele pensava o quão bom seria se pudesse fazer o mundo ao seu jeito. Mas, pela inocência que ele tratava o tema talvez não tenha percebido o quão importante é viver a injustiça.
Enclausurado em uma prisão metafórica. Seu senso de justiça era ascendente.
Tinha deixado de ser um jovem, como tantos outros, idealista. Amadureceu, em uma simples tarde.

- Henry, o muro da igreja ta branco, cara! Não podemos deixar assim. Essa semana vai ter o casamento de uma daquelas católicas hipócritas que ensinava religião lá no colégio. – Falou Dani.
- Não acho que seria justo acabar com algo tão especial pra alguém só porque não gostamos do jeito que ela leva a vida. – Retrucou Henry.
- Então, você acha justo o que ela fez com a gente? – Perguntou Rema.
- O que ela fez pra gente? – Henry pergunta. – Não me lembro de nenhuma professora de religião que não fosse freira.
- Vou refrescar sua memória...
Havia um homossexual na nossa sala, se lembra de Bruno?
- Claro que lembro! - Disse Henry, aos risos.
- Bem, se lembra então que quando nós o jogamos na lata de lixo uma freira viu e denunciou pro coordenador?
- Lembro. Passamos por maus bocados por causa da denuncia. – Pensativo Henry completou. Mas, merecemos. O jogamos pelo fato dele ser pederasta, mas esquecemos que ele era nosso amigo antes de vim falar que gostava de homens.




Aos risos, Clara achou que tinha que se meter.
- O preconceito de vocês só revela a insegurança quanto a sua própria sexualidade.
- Está me chamando de gay? – Perguntou o irritado Dani.
- Claro que não, mas aquilo que você mais odeia pode ser o que você mais deseja.
E olhe por um lado, a homossexualidade é um tema atual. Quem sabe um de seus amigos já não tenha pensado em ser?

Nesse exato momento Rema se constrangeu. Parecia nervoso com o assunto e propôs um novo assunto.
- Só sou eu ou esse entardecer seria melhor ainda de “borest”?
- Falou e disse, irmão. – Disse Henry. – Tens ai?
- Tem na minha bolsa. – Respondeu Rema.

Regados a muita maconha e cerveja

Encontrei um projeto de livro... Vou ficar postando por aqui

Regido de ilusões, um reflexo de sua infância e adolescência problemática.
Desde pequeno fabulava situações em que o herói era o anti-herói, que as verdades eram manipulações que foram expostas pelos outros.
A perda prematura de um familiar, ao qual era muito ligado, fez com que suas lagrimas caíssem constantemente. A sensibilidade para discernir a moral das pessoas apareceu naturalmente, o fez um analista das características e fisionomias humanas estupendo.

Um som ecoava estridente, não conseguia manter-se no estado de R.E.M., e o sonho que nunca saiu de sua mente, desde os 8 anos de idade, novamente voltava.

CAPITULO 1


Numa noite como outra qualquer, as sirenes anunciam a falta de pudores da sociedade, mártires padecem nas ruas, vestidos com farrapos em decomposição, jovens cultuam o amor animal e se intoxicam pra provar sua rebeldia.
Da sua sacada, Henry, observa e com fascínio fixa seu olhar em um ponto.
Parecia-lhe uma imagem familiar. Uma senhora carregava suas compras e num lapso um menino branco, aparentemente com farda escolar, saca de sua mochila uma faca e ameaça a idosa. O medo era evidente na cara daquela senhora, a palidez de sua pele e os apelos ao jovem rapaz não foram suficientes pra não aumentar as estatísticas de assalto.
Henry, decepcionado, lembrou então de seus tempos de garoto rebelde. Lembrou dos falsos trabalhos escolares que contava aos seus pais para gerir capital pro seu vicio.
Quando os pais não tinham dinheiro ou não davam, ele simplesmente saia pra rua e com seu punhal assaltava senhoras indefesas.

O som do telefone interrompe suas analises.
-Alô, quem fala?
-Henry? Não acredito que se esqueceu de minha voz-
Aos risos falava-. -Julia, a “Trofônica”.
-Ah!- espantado ele responde. – Claro que lembro. Como me esquecer daquela pequena travessa?
Ele riu.
- Pra onde vocês foram? – Perguntou ele. – Durante anos procurei saber o porquê de irem embora sem se despedir. E onde está Clara?
- É... É... Temos que conversar sobre muitas coisas. Podemos nos encontrar agora?- Perguntou ela. – Estou na cidade, acabei de chegar.
- Sem problema. Estais na casa de parentes ou em Hotel?
- Estou no Hotel Psison. – Respondeu ela. – Fica perto do Shopping.
- Eu sei onde fica. De que horas passo ai, Ju?
- Pode passar agora se quiser.
- Ok, estou indo agora.

Henry segue rapidamente pro carro. Não acreditava que depois de tanto tempo elas teriam voltado. No caminho, a angustia se fez presente. Sabia que algo estava errado.
A voz dela mudou de entonação quando eu citei o nome de Clara.



-Boa noite, senhor. - O atendente do Hotel exclama. – Deseja um quarto?
- Não. Vim encontrar uma amiga. Seu nome é Julia Castro.
- A quem anuncio? – pergunta o atendente.
- Diga-lhe que é Henry.

Nesse momento, um carro estaciona violentamente na frente do Hotel.
Henry vira e vê um homem, aparentando estar bêbado, discutindo com uma mulher.
Fica abismado com as palavras que ele dizia e ainda mais quando percebeu um garoto ao lado deles, o choro deste comoveu Henry.

- Por favor, pare! - Desesperado, gritava o garoto.
- Cale a boca, seu órfão patético! – Retrucou o homem.

Henry, um moralista convicto, não se conforma com essa situação. Era absurdo, pra ele, falar atrocidades como aquelas, para um garoto, que deveria ter uns 6 à 7 anos.
Dirige-se até o carro, junto com um dos seguranças do Hotel.
-Desculpe-me intrometer, mas você não acha prudente deixar de fora o seu filho da violência que você está fazendo com a mãe dele? – Perguntou Henry.
- Ele não é meu filho! – Grosseiramente, retrucou o homem. – É parente dessa vagabunda.

O segurança, então, tenta conter o Homem, mas parecia que a raiva que ele sentia, fez sua força multiplicar-se.
Nesse instante, Julia se aproximou. O garoto correu para os braços dela.
-Tia Julia, ajuda Tia Déb. O monstro voltou. – Aos berros dizia o garoto.
- Saia de nossas vidas! Você tem que se tratar, ainda tens cura, Leo. – Falou Julia.
- Cale a boca, vadia! – Gritou o bêbado. – Da minha mulher eu cuido.

Henry estava atordoado, não conseguia entender algumas cenas daquele episodio.
Sua vista estava embaçada e só um ponto parecia-lhe claro: A face do rapaz.
Apesar de ser contra a violência, seja física ou mental, uma raiva dantesca surgiu.

- Leo, vá dormir. Amanhã verás que o quanto está errado. – Assustou até o Rico. – Falou Julia.
- Só vou dormir quando tiver umas explicações dessa vadia! E esse garoto tem que aprender como é a vida, aprender que as mulheres não prestam. Talvez ele fique mais forte no futuro.

Henry não agüentava ouvir isso. Parecia que perfuravam sua cavidade torácica com um serrote. Então, partiu pra cima do agressor e desferiu-lhe um soco.
- Saia daqui agora ou chamo a policia! – Irritado exclamou, Henry.

O rapaz levantou-se, viu o sangue escorrer em sua face. Apesar de o álcool ter anestesiado-o, ainda sentiu a dor na sua narina. Sua respiração estava ofegante.
Partiu em direção a Henry com seus escabrosos olhos ensangüentados e tentou atacá-lo.
Não sabia ele que o seu oponente lutava Jiu-Jitsu, uma arte marcial voltada à imobilização, nas horas livres.
- Chame os seguranças do Hotel! –Exclamou H., em direção a Julia.

Após a imobilização, Henry via no rosto do garoto um sorriso. Lembrava-lhe alguém, mas não conseguia identificar. O peito disparou, alguma ligação devia ter com ele.

- Deixe-o conosco, senhor. – Um dos seguranças falava. – Vamos assegurar que ele não importunará nenhum de nossos hospedes.
A mulher que se encontrava dentro do carro, então, saiu. Envergonhada e ao mesmo tempo aliviada por todo aquele episodio ter tido um fim.
Ainda chorando ela vem abraçar Henry.
- Obrigado, H., ainda bem que aparecestes.
- Déb? É você mesma? – Pergunta Henry.
- Sim, e aquele era meu marido. Ele sofre de dependência alcoólica.

Julia afasta-se do grupo junto com o garoto. Mas, Henry mal percebeu. Estava entretido na conversa com uma amiga que não via faz tempo.
- Onde está Clara? – Perguntou ele. – Eu preciso falar com ela. Tem coisas que não ficaram resolvidas entre nós.

O silêncio então se fez presente. Caiam, agora, mais lágrimas dos olhos dela.
Henry começava, então, a unir pedaços de um quebra-cabeça imaginário.
Em um lapso ele percebeu que havia algo errado.
O garoto lembrava-lhe alguém. Era a sua ex-namorada, Clara, que de uma hora pra outra partiu e só deixou uma carta. Nenhuma das palavras ditas por ela foi esquecida.
Em um dos trechos dessa carta ela dizia:

“Apesar de o amor ser a união de duas almas, apesar de nós sermos essas almas. Não podemos ficar juntos. Porque não só de amor vive uma pessoa. Não tenho coragem de te encarar. Então, por favor, não me procure mais”.

Julia se aproxima dos dois. Vê a comoção de sua irmã e o olhar pensativo de Henry.
-Henry? – Fala Julia ao estender a mão pra ele. – No bar teremos mais privacidade, tenho muito a te falar.

Thursday, July 15, 2010

Quando a morte chegar

A minha morte não será digna.
As lágrimas, que forem derramadas, não serão verdadeiras.
Os meus olhos se fecharão para não ver tanta mentira.

Verei viúvas que nunca existiram.
Na tristeza, na alegria, buscando ser a própria dor.
O negro, das vestimentas, contrastando com o branco de um sorriso sardônico.
E a imagem de uma família retratada em um andor.

Falsos moralistas que perturbaram minha existência.
Afastem-se deste corpo que não possui mais alma.
Chorem, estas lágrimas de colírio, em seus templos de cristã-decência.

A minha mente chama para planejar minha despedida. Recobro os sentidos, mas quando poderei crer que minha vida não passou destas angústias e raros momentos afetivos?

Compreendo que os pudores levaram-me a solidão.
Olho, então, para este fim dispendioso.
O medo, de não ser aceito, os pensamentos desconexos.
De jovem problemático, tornei-me um adulto sem solução.

Ah! Esta morte não será sentida.
Não será, sequer, digna.
Não terá parente.
Pois, agora, percebo (...).
Sou, de fato, um indigente.

Thursday, July 01, 2010

Cara ou coroa? Quem és?

Cara ou coroa?
És a cara que inebria o próprio viver?
És a coroa que incendeia multidões?

Cara ou coroa?
Estás bebendo, fumando, cultuando a vida prolixa.
Estão degladiando-se em bares e pormemores;
Divagando a vileza e o sadismo.

És cara ou coroa?

Jogas, paulatimente, teu patrimônio no poker.
Estão jogando a própria vida no próximo passo.

Quem és tu?
És o rico que desperdiça dinheiro tentando ter vida ou és o pobre que desperdiça a vida tentando ser rico?
És aquele que diz sim ou não ou és aquele da qual a opinião é desnecessária?

Cara ou coroa?
A moeda ainda está girando no ar.
Tens tempo para decidir.
Quem és?

A população está a morrer da fome, da miséria, da incompreensão.
Está a morrer, principalmente, da falta do que ser.
Ser ou não ser um imbecil alienado? Eis a questão.

Cara ou coroa?
Não tens tempo para correr.
Não podes ser o meio-termo, pois não existe.
Não podes ser a dubiedade, pois não existe.
Então, quem és?

És o idiota que sai nas ruas gritando "É Hexa!" ou és o ignorante que grita " Não importa"?

Cara ou coroa?
É a maior decisão de toda sua vida.
A escolha que influencia o seu modo de viver.

Cara ou coroa?
Quem és tu?

Saturday, June 26, 2010

De um certo Henrique


Sentando na calçada, encontro-me.
Um homem simples, com aspecto de menino, sem força para sonhar.

O mundo perfeito foi abalado.
Viver na realidade é como praticar paraquedismo sem paraquedas.
Tudo é o que é.
Não se pode sonhar com um resultado diferente.
Tudo é o que é.
E eu não estou imune a esta doença.
Viver sem sonhos é encarar a morte e não a temer.
Afinal de contas, você não é senhor de seu próprio destino.

Tudo que aprendi, para ser conciso, foi adquirido sozinho.
Um grande erro. Sempre achei minhas opiniões mais embasadas que a de outros...
E quando chegavam com um tema que eu não dominava(...) Ah! Eu usava a lógica.
Transformava algo que eu não sabia em algo que era especialista.
As únicas coisas que entendo são: Depressão, síndrome do pânico, insônia e ansiedade crônica.
O resto eu desenvolvo uma idéia e a torno coerente.
E foi com isto que me tornei este homem vazio.
Sem espaço para amar.
Que permite apenas um sentimento: O sofrer.

Hoje, sinto falta de tantos.
Hoje, sinto falta daquele Henrique.

Isto que é o duro de viver a realidade.
Claro, posso voltar a ter contato com as pessoas de quem sinto falta...
Mas, não é tão fácil.
Tudo é o que é...
E eu sou um "menino" que nasceu pra viver só.
Só espero que consiga conviver com um certo Henrique que conheci anos atrás.

Sunday, May 16, 2010

A loucura do Deus da loucura

Destaco pedaços de jornais, revistas.
As fotos não eram minhas, mas imaginava como sendo.
Talvez pudesse, então, jogar ao vento todas as verdades que
No passado omitira.
E lutar pela justiça moral e a ética de um estadista.

Mas, aqueles olhares incansáveis não seriam, por mim, tocados.
Os sentimentos, destes, não seriam os meus.
A felicidade não seria real.

Aprendo à fina força:
Os erros só levaram-me a solidão.
Afastaram-me de minha gente,
Tornaram-me infrutífero num solo de rigor.

- Escuto o bombeamento,
Sinto a sensação de ser pulsante.
Acordo deste trauma e tento levantar meu corpo
Deste chão frio.

“O sangue, espalhado por teu corpo,
Que vive enraizado nestas entranhas
O sangue, que conduz a dor.
Para alguns, regulador da temperatura corpórea
Para os viciados, apenas um meio de transmissão,
Da loucura farmacológica e da profanação”.

To be continued...

A morte do brasileiro

Vou voando às nuvens.
O sonho me possibilita tudo.
Guio-me pelas estrelas.
Das três Marias à ursa maior.

Torno-me um pássaro...
Criptográfo, na memória, todos os lugares por quais passei.
Até os quais nunca quis, realmente, conhecer.

Já fui até Paris, sentir o movimento astral.
Já fui para doce Roma, da arquitetura e gastronomia fenomenal...
Agora estou no Brasil.
Putz... Que país marginal!

Ricos são homens... Pobres, bichos!
Por que será que sustentam tal mentalidade Boçal?

(PAUSA)

- Uma bala atravessou a parede.
Uma criança acabou de morrer.
Seu único crime foi não ter como se esconder.

-Por que, Deus?
Por que nos abandonastes?

Triste, enfim, por saber que estes apelos não serão escutados.
Pois pequei, como tantos outros, pequei por ser, sempre, sádico. -

Racionalizei...
Então, pois, aos meus olhos, aqueles pés, contraídos, bradavam pela libertação.
Tamanha é minha dor que vôo bem alto.
E com um rasante me jogo ao chão.

Como esperava...
A morte é o fim do pensamento e início da desintegração carnal.
As vísceras já se mostravam pútridas.
Pedaços e mais pedaços, deste corpo, esparramados naquele solo fértil.
A ressurreição viria com a corrente de ar que passava.

O brasileiro acaba de morrer.
O hino nacional não faz mais tanto efeito.
A mão no peito, demonstrando amor à pátria, se tornou clichê.
A esperança deu lugar à desconfiança.

No inferno, explicava-se ao demônio.
“Cumpri meus deveres, jogando meus direitos no lixo.
Amei minha pátria, mas ela virou-me as costas.
Tentei modificar o país, honrei a bandeira.
Enfim, vi desmoronar meus sonhos, meus ideais.
A lucidez se foi ao ver a juventude falecer sem culpa”.

E ele, por fim, o disse:
"Vivestes em uma sociedade hipócrita, senil e ultrapassada.
Mas, sem fé na revolução, fostes a caça do predador de almas".

Friday, April 30, 2010

O quarto

Luzes apagadas.
O tempo acabou.
Sou o nada que persiste em continuar errando.
Sou as cordas desafinadas de meu violão.

Tempo perdido.
O relógio volta a bater.
Sou o que sou.
Sou o nada.

Paletas em Valetes.
A chave não abre o quarto;
Trancafiado do lado de fora
Encontro-me...

Cruzes e reflexos.
A loucura entre espadas.
Sou a razão que envolve o lençol.
Sou o branco e pálido travesseiro.


Solidão e alcoolismo.
O dia começou.
Estou moralmente morto.
Sou... O que sou?

Gozos e cartas.
Cambaleio e vômito.
A chave não abre o quarto;
O fim surge.

Friday, April 23, 2010

Mayakovsky e a revolução pela arte

O gelo destrói as insignificantes lutas por Status.
Um paradoxo irracional em plena guerra alimentar.
O Estado fortalecido pelas vendas nacionais,
E as razões da consciência profissional sobrepõem-se ao lado financeiro.

Um salve ao Comunismo!
Deixe as claques,
Os gerúndios,
Limites,
Para os Estados Unidos.

Acaba-se a guerra.
A população está faminta,
Sem educação e sem saúde.
Inicia-se outra etapa:
A reconstrução do país para sua plenitude.

Destrinche, neurônio a neurônio, a alienação de sua mente.
O artista não precisa ser genial,
Não precisa ser formal,
Basta que tenha sensibilidade e poder ficcionário.

Enquanto o novo faz revoluções,
Causa turbilhões de emoção.
O velho joga baralho e perde o dinheiro da família.
O retrato dos regimes, antigo e novo,
Estadista e comunista.

Como uma flor de Luxemburgo,
A esperança renasceu na arte do
Anti-gênios,
Rasgando o gelo com suas palavras simples.
Roubando a cena de políticos indecentes.

Surge o rumo para o crescimento,
Uma horta de sabores anticongelantes,
E a Rússia nem se lembra dele,
Ao menos seu nome deve ser lembrado:
Mayakovsky, o condutor do proletariado.

Friday, April 16, 2010

What a fuck?

Confusão mental.
Distúrbios psicólogicos.

Boom!

Acidentalmente 2 inocentes despedaçados.
A culpa não se torna um transtorno,
o transtorno torna-se culpa.

Julgamento individual.
2 culpados... Uma prisão.

Metabolismo destruido.
Imunidade zero.
Um abismo abre-se aos olhos.
Encerra-se mais um ciclo.
Quando a dor, a sinto e a canto.

Sumo na imensidão do momento.
Lágrimas não caem.
Apavorado apego-me ao batente.
Enxergo uma luz branca e ouço um som constante.
Em segundos um vento forte ecoa audível.
Torno-me blindado, armazenando palavras e sentimentos.
Seguidamente vejo um filme de uma cena só.

Presto depoimento, tento entender.
Nada aparece; tudo esquecido.

Julgado culpado por minha própria consciência.
Vou pra casa e os sonhos repentem-se.

O momento
Pára!
Vejo um quarto.
Fora de contexto parece com o meu.

(Reflexão vs Razão)

Novamente vejo uma luz branca.
Vejo um corpo e aproximo-me.
Devagar percebo que não tenho mãos.

Entendo o acidente,
descubro que não era o culpado,
mas sim o inocente.

Monday, April 12, 2010

Das claques ao Escárnio(Aplaudam os idiotas!)

A falta de sindérese torna-se óbvia quando escrevo sobre temas quais identifico-me.
E é por isto que resolvi escrever sobre o egocentrismo e, também, a necessidade de aceitação.
O motivo, claro, é que em algumas rodas de conversa sou tido como egocêntrico, mas nunca fui um.
Então, penso neles e na necessidade incessante de mostrarem-se ao mundo como vitoriosos.
Na necessidade óbvia dos aplausos, mesmo os forçados e com as palmas atadas.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

- Dê descarga ao sair.
- Limpe bem a bunda.
- Lave as mãos.
- E aplauda os idiotas!

- - - - - - - - - - - - - - - - +@#%$¨%#@!+ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Então, peço a todos:

Aplausos aos EGOCÊNTRICOS, eles MERECEM esta forma de AMOR.
Temos que fazer uma CAMPANHA NACIONAL.
Se fazem manifestos para salvar o PLANETA, os ANIMAIS, as CRIANÇAS, os PACIENTES TERMINAIS, então por que não fazer uma manifestação de apoio a estas pessoas CARENTES DE AFETO?

Isto é culpa do Tico Santa Cruz...
Só pode ser.
Toda semana fazendo protestos sem sentido, atraindo jovens dementes e tornando o Manifesto uma aglomeração de maconheiros retardados com ideais ultranacionalistas.

Quero fazer um Manifesto contra os Manifestos.
Parem de protestar e voltem às aulas.
Não estamos nos anos 70, não vivemos a Dita Dura - A não ser que queiram ver Dura(Cabe a vocês).

Quero fazer outro Manifesto!
Vou protestar quanto ao uso indevido da palavra Manifesto.

Pronto, agora podem cantar livremente:

"Nós somos jovens, jovens, jovens. ( Os Cristão estão se rebelando... )
Somos do Exército, do Exército Cristão". ( É melhor chamar Nietzsche. )

" Somos força e coragem enfrentando ( Que profundo, que meiguinho! )
a escuridão". ( Mas, a luz é quem combate, certo?)



Fico por aqui com um último pedido:

Vamos protestar contra a PROIBIÇÃO DO PAGAMENTO DE APOSTAS ONLINE.
Querem acabar com a prática do poker.
Senadores de merda!

Sunday, March 28, 2010

Eu sinto falta da depressão

Hoje parei para pensar vários temas. A maioria relacionados ao passar dos anos.
O título diz tudo que eu posso falar em mil palavras.
Eu, realmente, sinto falta da depressão.
Sinto falta de ligar para alguma coisa.
Hoje em dia eu passo pela vida, mas não fico indignado.
Não faço nada, nada.
Boa parte da minha vida eu passei com a depressão me acompanhando.
Sempre pensando: " Se nada der certo, eu me mato e pronto... Tudo acaba".
Mas, agora é bem diferente, não sei porquê.

Sinto falta, entre tantas coisas, de pensar.
Eu ficava trancado no quarto; olhava o teto e viajava nas variantes do meu ser.
Sinto falta da raiva que nutria da sociedade.
Sinto falta de escrever e gostar do que escrevo.
Enfim, sinto falta do que eu sou, do que me tornei com o passar dos anos.
Apesar de detestar minha vida eu era vaidoso e me amava.
Hoje, não sei o que é vaidade.
Eu, simplesmente, não ligo pra nada.
Se um cara armado vier na minha frente e, exaltado, falar:
" Eu vou te matar!", possivelmente, eu não falaria nada.
Não importa.
Eu quero voltar a sentir.
Não falo nem de prazer, pois nada me satisfaz.
Mas, ao menos, sentir raiva, sentir a dor de ser quem eu sou.

Eu quero viver, mesmo que seja uma vida sofrida, mas quero viver.
Ninguém pode me dar isso, nem um Deus.
Às vezes penso que eu não deveria ter existido, que talvez fosse melhor para meus pais, meus amigos.
Posso dizer que a solução mais viável sempre foi o suicídio, mas não quero que minha mãe sofra mais.
Por querer o bem dela, eu não faço o que acho certo, conveniente.

Não sei quanto tempo posso aguentar, talvez a cirrose ou algum câncer me leve primeiro, mas a vontade de pegar o carro e dirigir para bem longe e dar um fim nesta tragédia é gigantesca.

Monday, March 15, 2010

Trecho de Cartas Suicidas.

Batalharei pela existência do inexistente.
Usarei armadura e armas por proteção.

Retirarei meu arco deste peito inexequível.
Serei, pois, a última flecha que cruzará céu e noite.
Serás, tu, o alvo desta expedição, Deus.

Encontrarás meu corpo, desfalecido.
Verás minha pulsação desaparecer.
Culpar-te-ás desta desgraça anunciada.

Renascerei, então, das cinzas.
E na Pira, da renascença, encontrarás um texto.

Chorarás dias e noites.
Inundarás cidade e campo.
Então, em paz, o espírito vital descansará.
E todas as verdades, que um dia bradei para símios, estarão incólumes, num túmulo silencioso.

As cinzas do meu cigarro

Uma noite atípica, no mínimo.
Acontecia uma reunião de pessoas, completamente, diferentes, mas com pensamentos conectados.
As histórias eram sempre narradas na primeira pessoa do singular ou do plural.
Eu fiz, eu e alguém fizemos, eu, eu, eu.
A conversa era interessante, por vezes.
Lembrar de fatos que até pouco atormentavam, mas que agora não fazem mal algum.
O grupo político, social e econômico adicionou mais um tema para suas falas lendárias: Música.
Falando de bandas nacionais, internacionais.
Bandas que acabaram, revolucionárias ou não, enfim, música.

O medo de conversar com as pessoas, de não saber o que elas acham sobre os temas falados, estava superado.
Eu poderia falar durante horas, mas não queria.
Prefiria escutar as vozes de outrem, beber um gole de minha cerveja e dar um trago em meu Marlboro.

A conversa continuava...
Mas, as vozes começaram a diminuir de intensidade.
Ficaram baixas, quase um ruído sônico.

(Bêbados riam na mesa ao lado, de forma escandalosa).

Vi uma mulher, desconhecida, da mesa que estava às 12h, olhando para meu cigarro.
Paranóico, como sempre, dou um trago para ver se ele estava comigo.
Ah! E como estava.
Doce e salgado, ao mesmo tempo.
A sensação inigualável de fumar um cigarro e nada mais importar.
Talvez por esta sensação que fumo estes anos todos.
Vários anos, 1/3 da minha vida.

O chão já parecia um cinzeiro, umas 20 bitucas ou mais.
Mas, não importava a quantidade.
Pra falar a verdade, naquele momento, nem a conversa importava.
Era eu e meu cigarro.
O vermelho alaranjado de suas brasas dava a sensação de calor, intensa,
loucura incessante.
Mas, no fundo, ao ver cair as cinzas do meu cigarro, lembrava da minha vida, por inteira.
E, isso, ao passo que era frustrante se tornou reconfortante, também.
Pois lembrava que apesar de minha vida ser jogada fora aos poucos, posso fazer como um cigarro.
Tirá-lo do bolso, acendê-lo e recomeçar tudo novamente.

Sunday, March 07, 2010

Recentemente encontrei no PC alguns textos... Na verdade eram livros que eu sonhava fazer.
Até fazia o enredo, mas depois enjoava da idéia.
Hoje, retornei uma das idéias que tive em 2006.
Se chama "Dogmas e arruaças!".
Já tem uns 9 ou 10 capítulos, mas reconstruirei.
Aos poucos vou colocando por aqui...
Voltarei também aos projetos "As desventuras do sôfrego amante" e "Cartas suicidas - Um manual didático".
Desta vez tentarei acabar algo.
kwa kwa


O prólogo do "Dogmas e arruaças!" está logo abaixo...

Dogmas e arruaças - Prólogo

O sol se recolhia na ilha de Farsa e um grupo de rapazes e moças ainda não tinha retornado aos seus barracos.
Uma equipe de busca foi formada. Nela estava o pesquisador comportamental, Henry, o financiador da expedição, Rico, e seu guarda-costas, Fran.

(...)

Chegavam eles ao topo da montanha proibida. A imagem vista, parecia, uma distorção da realidade.
Quando ultrapassaram a barreira de rosas e espinhos, a imagem parara.
As flores deslocadas por forças do vento, não possuíam mais movimentos.
Rico, saca sua câmera e começa a fotografar o lugar.
Parecia uma entrada de caverna.
Ao lado desta, uma caixa que emanava luzes brancas.


Eles seguem até a luz e, com um pé-de-cabra, abrem esta caixa.
Esperançosos, impacientes não conseguem retirar os olhos deste ponto, mal vêem que, aos poucos, a barreira, por qual passaram, estava a se fechar.

- Apenas uma chave e um folheto. - Dizia Rico.
- Deixe-me ver. - Pronunciou Henry. - Esperem um minuto... Nessa chave tem um símbolo, parece um misto de asterisco com o tridente de Zeus.
- E o que isso significa? - Perguntou Fran, assustado.

- Zeus representa a vitória do humano sobre as forças selvagens da natureza e o asterisco, ao que parece, vem a significar uma expansão dessas forças.

- Doutor, veja isso. - Interrompeu Rico. - O mesmo símbolo aparece no folheto.
- Realmente, Rico. -Concordou Henry. - Tem algo escrito, espere um momento.

Enquanto, Henry, preocupava-se em descobrir quais eram as palavras que estavam contidas naquele folheto, não via que as luzes da caixa paravam de brilhar.
Os cristais eram dissociados, aos poucos, talvez pela perda do equilíbrio do local.

- Descobri! - Gritou o pesquisador. - Está escrito "Dogmas e arruaças!”.

Wednesday, January 06, 2010

Ahm?

A arte está definhando.
Está perdendo seu valor.
Só enxergamos a arte quando a vemos refletida na obra de outros artistas.
O artista desta nova geração é como o meu teclado - Gasto e sem inspiração.
Os escritores fazem livros idiotas - para idiotas.
Suspenses com capítulos(Estórias) intercalado(a)s.
Tudo bem, são ótimos para ler num domingo, mas não são ótimos para entender como é a vida.
A vida não é um suspense de Agatha Christie... A vida é um romance de Goethe, um pensamento de Nietzsche, uma tirada sarcástica de Veríssimo. Enfim, a vida é um livro ainda em formatação.
Os revisores somos nós.
Podemos não gostar da história...
Então, o que fazemos?
Mandamos pro autor reescrever.

Não é só nos livros que a arte definha.
A música... Puta que o pariu!
A música é horrível, comercial.
Eu ainda escuto Queen, Faith no More, The Exploited, Legião, Cazuza.
Não é porque gosto das músicas das outras décadas, mas porque a música atual é uma porcaria.
É uma mistura de House com pop music.
Pense bem... Vivemos onde cantar sobre prostituição, assassinatos e drogas fazem sucesso.

Nietzsche dizia que o melhor artista era aquele que tinha vergonha de ser artista.
E que o paradoxo do autor não está no livro ou na música - no caso- mas está na cabeça de quem escuta.
E é isso que os produtores fazem: Vendem produtos para um incansável mercado consumista.

A música, a literatura, a filosofia... A arte está perdida.
Até os filmes, cada vez mais, são uma porcaria.
Está tudo errado, velho.
Onde está a porra do botão para resetar?
Vamos fazer uma nova história?
Começar do zero, sem o gasto pensamentos dos outros.
Formular teorias do nada, da parede branca que tanto expressa o niilismo.

O ano recomeçou.
Vamos tentar prosseguir daqui.
Para todos que frequentam este blog em extinção.
Um feliz ano novo.
Vamos reaver nossos laços.
Beijos e abraços.

Ps: Amo vocês.