Thursday, September 23, 2010

Sem Sarcoley não há Henrique

Henry Sarcoley encontrava-se em seu habitual reduto.
Entre goles e prosas, divagava sobre a inexistência do amor.

- O que todos falam que é amor na verdade é paixão, caro amigo.
Uma reação química seguida por uma atração ou vice e versa.
O que leva uma pessoa à paixão é o mesmo que leva outra às drogas:
A adrenalina.
O amor, como tantos falam, não existe.

Ressentido como muitos, frustrado como poucos.
Sarcoley perdera a essência.
Tornara-se uma pessoa fria e cética.
Não permitindo nada mais que a verdade do seu próprio câncer:
A solidão.

- Compreendo que todos têm falhas de caráter, mas talvez não percebam.
A tendência é ignorar os próprios defeitos e enaltecer, em voz alta, suas principais qualidades. Tentando, ao menos, convencer a si mesmo que é uma pessoa melhor do que as outras.
Não usarei isso como desculpa para a fraqueza, mas prefiro demonstrar meus defeitos.
Talvez venha deste fato tudo o que sinto.
Derivando da minha inabilidade de contato, a solidão que assola e massacra ao mesmo tempo.
A verdade é que só o espírito livre conseguirá viver como a Lua, solitária e ainda reluzente.

Sarcoley e suas certezas e dúvidas ruma para casa, novamente, bêbado e só.
Esperando uma luz...

" Santa, a Cruz que leva ao Cristo.
Santa, a Cruz que à ventura guia.
Santa, a Cruz que revela a felicidade".

Tuesday, September 21, 2010

Palavras que o vento levará para ti

Passei minha vida inteira racionalizando algo tão simples, tão singelo.
Retirei toda a essência do sentimento e tentei, em vão, explicar para mim mesmo o que acontecia.
Mas, descobri que não existe fórmula perfeita, não existe explicação para tal sentimento.
Amar é algo a ser sentido e não pensado.
Pensar estraga tudo, pois o amor não é racional.

Talvez por isso tenha deixado de escrever.
Há tempos perdi a essência do sentir.
Meus passos começaram a ser, metodicamente, calculados.
E isso refletiu no que escrevia.
Foram páginas e mais páginas jogadas no lixo, pois nada parecia bom.

Há meses me sentia preso, usando muletas psicológicas.
Sentia o vazio da incompletude do ser.
Sentia a rejeição aos meus questionamentos costumeiros.
Mas, tudo se resumia a um fato: O medo de amar.

Pois, como disse... Não posso controlar este sentimento.
Ele vem e consome o corpo por inteiro, compensando o risco da quebra da razão.

Me sinto disposto a amar, mas será que você também está?
Se sim... Não se preocupe, pois, como disse Cazuza: O nosso amor a gente inventa.