Monday, July 20, 2009

Das lágrimas à luz branca

Sobrevivo num mundo feito para idiotas ou para os esforçados.
Eu não sou idiota, nem nunca fui.
Nunca me esforçei para nada.
Sou apenas um vagabundo que passa pela vida, não a vive.

Vivo pregando meus ideais de liberdade, mas nunca torno-me livre.
Que liberdade é esta que prende e tortura?
Que liberdade é esta que faz-me chorar todas as noites?
Meus ideais são farsas fabricadas para tornar certo o que nunca foi.
Minha vida, por conseguinte, é uma mentira.
Uma mentira que sempre gostei de ler naquilo que escrevo.

Recentemente, parei de tomar todos os medicamentos anti-depressivos que foram-me indicados.
Não serei mais uma pessoa controlada por um sistema podre.
Não irão me drogar para esquecer tudo aquilo que engasga toda vez que tento falar.
Sou depressivo, propenso ao suícidio, mas não viverei a mentira.
Quero ser livre, então viverei livre.
Livre para escolher os erros que devo cometer, livre para colocar uma bala na minha cabeça quando a vontade bater.

Livre, livre.
Quanto mais livre fico, mais a luz aproxima-se.

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