Monday, July 13, 2009

O nada que me consome

A luz fechou-se na presença do nada.
Os obscuros tutores do meu centro moral morreram na presença do nada.
Sobrou-me a decadente imagem de um jovem problemático.

As pernas e os braços quase não mais se movem.
Deitado, cansado de uma vida sem sentido, espero o desfecho desta passagem.
Os olhos, cada vez mais, estão inexpressivos.
Continuo a viver a doença.

Sinto o nada me consumir.
O vazio preencher outro vazio.
A esperança cair no ralo da discórdia.

As dúvidas estão se transformando em certezas.
Uma única afirmação explica toda uma vida:
A fraqueza tornou-me refém em minha própria mente.
Fraqueza esta que não está minhas convicções, mas sim na bolha que construí para isolar-me.

Há tempos que as decisões estão guardadas no armário, mas elas sairão no momento oportuno.
Decisões que tornarão minhas angústias, meus anseios, meus medos(...) em um grande quadro branco manchado de sangue.
A única coisa que espero da natureza é que ela não me mate, enquanto faltar-me coragem.

2 comments:

Juliana Porto said...

De olhos, de um quase verde tão ameno.

Melhoras, sempre!

Patinho, já ouviu falar sobre Asperger?


Beijocas.

Kalie Cullen said...

E o violão, tem tocado?