Friday, April 23, 2010

Mayakovsky e a revolução pela arte

O gelo destrói as insignificantes lutas por Status.
Um paradoxo irracional em plena guerra alimentar.
O Estado fortalecido pelas vendas nacionais,
E as razões da consciência profissional sobrepõem-se ao lado financeiro.

Um salve ao Comunismo!
Deixe as claques,
Os gerúndios,
Limites,
Para os Estados Unidos.

Acaba-se a guerra.
A população está faminta,
Sem educação e sem saúde.
Inicia-se outra etapa:
A reconstrução do país para sua plenitude.

Destrinche, neurônio a neurônio, a alienação de sua mente.
O artista não precisa ser genial,
Não precisa ser formal,
Basta que tenha sensibilidade e poder ficcionário.

Enquanto o novo faz revoluções,
Causa turbilhões de emoção.
O velho joga baralho e perde o dinheiro da família.
O retrato dos regimes, antigo e novo,
Estadista e comunista.

Como uma flor de Luxemburgo,
A esperança renasceu na arte do
Anti-gênios,
Rasgando o gelo com suas palavras simples.
Roubando a cena de políticos indecentes.

Surge o rumo para o crescimento,
Uma horta de sabores anticongelantes,
E a Rússia nem se lembra dele,
Ao menos seu nome deve ser lembrado:
Mayakovsky, o condutor do proletariado.

1 comment:

Raísa Feitosa said...

só para compartilhar:

Eu-chão

A minha mão
dorme em cima das palavras.
Paraplegicamente.

Meu corpo fenece
sobre o tapete de rimas anoréxicas

Inspiro o cheiro das páginas antológicas
sobre as quais Mayacovsky está deitado.
Ouço o rumorejar de seus depoimentos revolucionários
e os pingos de suor a cair no chão do quarto onde morava.

E o toque desesperado do celular na ausência do verbo atender
cobra uma resposta à inércia do eu-chão.

Num tic TAC absoluto,
a arbitrariedade do relógio comanda os tremores da palavra tempo.
Meus pensamentos andam à tuna,
até as horas devoradoras começarem a ameaçar-lhes
com suas harpas afiadas de som infausto.