Saturday, February 16, 2008

O Deus da loucura - Os 2 atos.

Ato 1:

A solidão é tremenda nesta montanha racional.
Caminho por várias horas, mas nada encontro.
A cada volta, em torno do eixo, vejo minha imagem.
Então, a expectativa máxima, desta passagem de tempo,
seria notar as diferenças visuais.

A barba e o cabelo crescendo, rapidamente.
Os anos passam e o isolamento transforma-se na vitória.
Consigo traçar perfis, de personalidade, das pessoas.
Sei exatamente o que falar e no exato momento.
Obviamente não tenho praticado, mas na hora que despertar,
e voltar para a civilização, estarei pronto para ocupar o lugar
que me pertence.

Ato 2:

Novamente, passo da estaca zero, seguindo a curva da inocência.
Respirando os ares de minha genialidade.
Cultuando meu corpo e o de todas que amei profundamente.
Flexiono, pois, meu braço e com muito pesar dou adeus a minha montanha.

Está na hora...

1 comment:

Carla Aguiar said...

Traçar perfis não é algo muito complexo para pessoas observadoras e/ou que tenham conhecimentos de psicologia.
Ainda assim, definir traços de personalidade não significa conhecer alguém.
Da mesma forma com que pode-se saber exatamente o que e em que momento falar, mas não é possível saber como o outro receberá aquilo e, ainda, como responderá.
Pessoas não não previsíveis...

=)