Thursday, January 04, 2007

O inconsciente

Os restos mortais já em estado de putrefação ocupavam um mesmo espaço. Ao ponto que se aproximava de uma imagem dantesca: O membro sexual de um deles perfurava, como um punhal, a superfície craniana. Atravessando todo o encéfalo e de forma exógena saindo pelo maxilar junto com os gânglios cerebelares. Aquela imagem parecia sensibilizar o camponês. As lágrimas corriam aos olhos. Quando em um lapso vê objetos. O alinhamento desses, até para um camponês, era estranho.Ele inicia uma busca por bens de consumo. Levando carteiras, relógios, celulares e um laptop. A dor de ver cenas bizarras, anteriormente, parecia ter sido finalizada. A alegria tomou conta do homem. Ao sair do carro empurra os restos mortais e todas as toneladas de ferro que os recobriam penhasco abaixo. Começa então a mexer nos artefatos, os quais nunca tinha visto na vida. Abre o laptop e se depara com a assustadora imagem. Era a mesma imagem que tinha visto naquele carro.O inexplicável veio até ele.
Sua mente que até pouco tinha sido pouco exercitada, estava em ritmo acelerado. Suas pernas lhe levavam à beira do penhasco. As mãos trêmulas, o débito cardíaco, o alucinógeno movimento encefálico. A leveza em seu corpo propiciava-lhe forças, que pensava ele, para um vôo.Se joga ao penhasco para encontrar o destino, mas antes a morte o encontra.Como três garotos inconseqüentes ele ignorou o INCONSCIENTE. Tornou-se refém da loucura e perdeu a noção da razão.

No comments: